domingo, 6 de junho de 2010

Memorial

“O narrador conta o que ele extraiu da experiência – sua própria ou aquela contada por outros. E, de volta, ele a torna experiência daqueles que ouvem sua história”. Walter Benjamin

“A construção deste memorial servirá para fazer um resgate da minha trajetória como aluna no curso Mídias na Educação – Ciclo Intermediário; Estarei refletindo o que de fato mudou e como foram essas mudanças em minha vida pessoal e profissional como arte-educadora.”
Neusa

Meu nome é Neusa Teresinha Fávero Dalcul, tenho quarenta anos, sou da cidade de Passo Fundo, professora de Arte do Ensino Fundamental e Médio há quinze anos.
No Ensino Médio trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, em duas escolas estaduais, e em quatro escolas municipais e todo o trabalho realizado é como arte-educadora.
Nas escolas municipais trabalho com oficinas de arte visual e nas escolas estaduais como regente de classe.
A minha prática pedagógica antes do curso de Mídias, já permeava novos olhares frente a uma educação geradora da cidadania , aonde o professor pudesse usar os recursos didáticos disponíveis na escola de modo a poder sair das quatro paredes que a escola propiciava, pois não acreditava que uma escola tradicional, acrítica e apolítica, desempenhasse o seu papel social.
Através do curso, pude vivenciar novas experiências, por em prática os conhecimentos adquiridos, elaborar projetos e ajudar meus alunos a edificarem través da autoria os seus próprios processos de conhecimento, tentando formar e preparar um estudante voltado para a cidadania, a criticidade e a participação social.
“Apesar da importância da preparação para o mercado de trabalho, a Constituição deu primazia ao preparo do cidadão para o exercício da cidadania. A consciência de direitos e deveres,[...] o preparo para a autonomia, para a independência, é a grande meta da educação” (Chalita, 2001, p.107).


O mais significativo neste curso de Mídias na Educação foi poder contar com todo o embasamento teórico, pois isso veio fortalecer a idéia da educação que quero. A educação voltada ao social, aonde o meu aluno constrói seu conhecimento através das situações propostas em aula, vivenciando o seu dia-a-dia e buscando soluções para os problemas que enfrentamos, sendo também o responsável pela mudança de postura que se pretende para conquistar seu papel de cidadão inserido na sociedade.A partir do curso de Mídias, pude integrar diferentes mídias, desde a exibição de um filme, com muito mais certeza do que estava fazendo,reutilizando-o na elaboração de minhas aulas, como um recurso didático e não apenas usando-o nas aulas de linguagem cinematográfica. Reutilizei recursos didáticos que já não utilizava mais , como por exemplo o rádio e integrei o uso de novos recursos tecnológicos que não havia utilizado antes.
Além desta reutilização das tecnologias disponíveis na escola, pude aos poucos estar me apropriando de novas tecnologias, seja no desenvolvimento de um novo projeto pedagógico, como por exemplo o da fotografia de buraco de agulha ou da fotografia digital ou por propiciar aos meus alunos encontros diferenciados, quer em sala de aula, ou no laboratório de informática.
Novos projetos foram incorporados a minha prática pedagógica, entre eles cito alguns:

Material didático sobre os trava-línguas.
Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos.

Material didático sobre os mosaicos.
A atividade inicia com uma apresentação sobre o uso dos mosaicos, desvelando seu valor cultural ao longo das sociedades em diferentes épocas. com a intenção de revelar ao educando a sua aplicação na resolução de problemas reais da vida de artesãos, profissionais artísticos, arquitetos e de cidadãos comuns. Isso quer dizer que o pensamento geométrico está presente em diversos campos do conhecimento e compreendê-lo a partir de contextos concretos pode torná-lo mais prazeroso e agradável ao convívio educacional.

Projeto Construção de subsídios para as aulas de arte; ( Este trabalho foi apresentado no encontro presencial do ciclo básico do Curso Mídias na Educação.) Reconhecendo a autoria como estratégia de aprendizagem.

História da Arte:Trabalho desenvolvido nas aulas do E.Médio (EJA).
Apresentei toda a história da arte antiga através de PowerPoint.

Bibliografia de Cândido Portinari:
Leituras de obras de arte e sugestões de exercícios pictóricos para o E. Fundamental e Médio.

Apresentação de obras literárias:
Livro de Marisa Lajolo – História de quadros e leitores.
“Pintura é poesia muda e poesia é pintura que fala.”


Projeto Folclore:
Pesquisa de campo com idosos da comunidade para fazer um apanhado histórico das histórias do folclore universal que faziam parte do seu cotidiano.



Projeto Arte Visual:
A arte visual como linguagem, como meio de comunicação entre os homens.
A finalidade do Projeto é apresentar a arte visual como um conjunto de símbolos que têm significado, e que podem ser decifrados.
Blog pedagógico: Ainda não estou muito familiarizada, mas já tenho meu blog, confira:
http://neusafaverodalcul.blogspot.com/

Eu sabia que não podia mais aceitar a escola que me era oferecida, que deveria buscar novos desafios e inovar, porém me sentia incapaz de enfrentar este desafio, quem sabe até por comodismo, mas muito mais por falta de conhecimento de como fazer...

Iniciamos o módulo básico do curso de Mídias na Educação, formamos um grupo que contextualizava através dos fóruns de discussões do Teleduc, que se ajudava, que dividia angústias, que crescia e principalmente ajudava a crescer.Um grupo que buscava novas possibilidades e que, encantava-se através das experiências que estávamos vivenciando aqui.
Na maioria, éramos leigos em se tratando de internet, curso on-line, apresentações PowerPoint, e foi aqui que juntos aprendemos os primeiros passos e que tivemos a certeza de querermos mais do que nos era oferecido.
Muitos de meus colegas não tinham a mesma realidade que a minha, recebiam o apoio da equipe gestora, tinham acesso a internet, computadores, salas de vídeo e isso foi também fundamental para o meu crescimento, pois através destes colegas pude muitas vezes realizar tarefas, enviar trabalhos, enfim, ”achar meu rumo”.
Penso que um estudo sobre as dificuldades de termos acesso as novas mídias que já se encontram na escola seja relevante no módulo avançado do curso de Mídias na Educação, pois a necessidade de termos estes recursos disponibilizados é evidente. Queremos ter o direito de podermos planejar nossas aulas contando com estes recursos, validando nossos estudos e nosso comprometimento com a educação.
Queremos poder encantar nosso alunos, sistematizando conteúdos sim; Porém queremos mais que isso, queremos principalmente, chamá-los para uma aula atrativa, interagindo e levando-os a perceberem a importância de pesquisarem, contextualizarem e produzirem conhecimento.
Avalio o meu desempenho como bom. Sempre estive envolvida nos trabalhos, tentando interagir com os colegas e com a tutora.
A professora Gilse esteve sempre muito presente, nos motivando a crescer, desafiando-nos nos comentários que deixava-nos nos fóruns de discussão e nos trabalhos que apresentávamos. Ela foi incansável nas suas respostas e perfeita no cumprimento de agendas e na sua organização.Como somos uma turma que já aguardava o módulo intermediário há quase um ano, estávamos até desmotivadas pelo atraso, mas a nossa tutora soube trabalhar com isso de forma singular, foi aos poucos nos devolvendo aquele interesse perdido e com isso, acredito que voltamos ao encanto que havíamos perdido desde o módulo básico.
Sei que não dependia da UFRGS o início do módulo, porém foi frustrante ficar todo esse tempo sem respostas, aguardando o que queríamos muito. Nossas frustrações foram divididas com os colegas da turma do módulo básico, através de msn e e-mails. Achei importante fazer essas colocações, principalmente para que as turmas futuras não venham a enfrentar esse mesmo tipo de dificuldade.
Pude crescer através da leitura dos trabalhos dos colegas, através do conteúdo disponibilizado pela tutora e através do material de apoio do curso. Conheço o ambiente do Teleduc desde o módulo básico, consigo fazer meus trabalhos com dedicação e interesse, tenho muitas limitações e tento superá-las e o que mais me encanta neste curso é saber que eu sou a responsável pelo meu êxito e que é o fruto do meu trabalho que estou disponibilizando aqui neste memorial e foi assim, de forma simples e linear que tentei colocar minhas inquietações, meus fracassos e meus êxitos, espero sinceramente poder estar contribuindo para o crescimento de todos nós.
Neusa Teresinha Fávero Dalcul.

sábado, 5 de junho de 2010

Projeto: Uso de mídias na escola

Uso de Mídias na Escola




Tema da Proposta: Mídias na educação- Especificidade com a Área sociolingüística

Professora: Neusa Teresinha Favero Dalcul

neusafavero@ibest.com.br

A construção de novos subsídios para as aulas com recursos tecnológicos disponíveis. Objetivos: Dar ênfase as vivências do educando, perquirido seus conhecimentos e levando-os a conscientização de suas capacidades ao permearem novos olhares frente à educação que se quer na sociedade da comunicação e da informação, entendendo-os como agentes já inseridos nesta sociedade, usando a autoria como estratégia de aprendizagem.

Problematização: Através de uma enquête, investigaram-se os educandos que se utiliza de novas mídias, assim como o conhecimento prévio de cada um. Das duas turmas que participaram do projeto, aqui identificadas como 71 e 72, chegou-se a conclusão que 50% utilizamos o computador, 60% o rádio, 100% a TV, 50% o celular e apenas 15% jornais e revistas. Esta investigação mostra que o desenvolvimento do trabalho é possível, apesar de que apenas 15% dos educandos já utilizaram o laboratório de informática, e o restante afirmaram nunca terem ido lá. A enquête também procurou saber se os professores das turmas utilizam mídias nas aulas e 48% dos educandos afirmaram que sim, identificando as principais mídias como: vídeo e jornal. O interesse demonstrado foi intenso, pois o assunto vinha ao encontro dos educandos e era um novo desafio para todos. A dificuldade foi à falta de experiência de todos nós, mas como um ambiente colaborativo foi criado, quem tinha mais experiência ajudou o outro.



Abordagem Pedagógica:

A construção de novos subsídios para as aulas com recursos tecnológicos disponíveis. Objetivos: Dar ênfase as vivências do educando, perquirido seus conhecimentos e levando-os a conscientização de suas capacidades ao permearem novos olhares frente à educação que se quer na sociedade da comunicação e da informação, entendendo-os como agentes já inseridos nesta sociedade, usando a autoria como estratégia de aprendizagem. Problematização: Através de uma enquête, investigaram-se os educandos que se utiliza de novas mídias, assim como o conhecimento prévio de cada um. Das duas turmas que participaram do projeto, aqui identificadas como 71 e 72, chegou-se a conclusão que 50% utilizamos o computador, 60% o rádio, 100% a TV, 50% o celular e apenas 15% jornais e revistas. Esta investigação mostra que o desenvolvimento do trabalho é possível, apesar de que apenas 15% dos educandos já utilizaram o laboratório de informática, e o restante afirmaram nunca terem ido lá. A enquête também procurou saber se os professores das turmas utilizam mídias nas aulas e 48% dos educandos afirmaram que sim, identificando as principais mídias como: vídeo e jornal. O interesse demonstrado foi intenso, pois o assunto vinha ao encontro dos educandos e era um novo desafio para todos. A dificuldade foi à falta de experiência de todos nós, mas como um ambiente colaborativo foi criado, quem tinha mais experiência ajudou o outro.

Público a ser envolvido:

alunos ensino médio.

Abordagem Pedagógica:

Não percebemos mais a escola como nos apresentam, não podemos mais utilizar o quadro-negro e o giz como únicas ferramentas disponíveis na escola. Nosso aluno não mais aceita a escola que lhe é oferecida e que com a nova sociedade da comunicação e informação vai abrindo portas que nos mostram outras realidades. É nesse panorama que se encontra a escola hoje, cabe a nós educadores discutirmos com nossos alunos esta nova realidade, disponibilizando momentos de reflexão, onde através da busca pelo real interesse dos jovens, percorreremos juntos, caminhos nunca vistos e assim, em um ambiente de união, colheremos os frutos de nossas ações e reflexões, criando paradigmas educacionais, contribuindo para o avanço educacional tão necessário da escola.

Segundo a educadora Gládis Leal dos Santos, que nos apresenta os Blogs como "ferramentas pedagógicas", além de afirmar que é necessário que o professor se aproprie dessas linguagens e explore com seus alunos as várias possibilidades desse novo ambiente de aprendizagem. Já Suzana Gutierrez, pesquisadora do Núcleo de estudos, da UFRGS, é categórica na afirmação de que os Weblogs abrem espaço para a consolidação de novos papéis para alunos e professores no processo ensino-aprendizado, com uma atuação menos diretiva do professor e mais participante de todos. A doutora em Sociologia Maria Luíza Belloni, professora da UFSC, fala da resistência na utilização das mídias durante as aulas, justamente porque dessa forma, nós professores deixamos de ser a única e incontestável fonte de informação, além de exemplificar a falta de prática por parte do professor no uso dessas novas mídias, já que crianças e jovens tem muito mais facilidade de incorporam estas tecnologias.Através de uma abordagem mais centrada na heutagogia, pretende-se abrir a escola para os novos rumos, entendendo as tecnologias e as mídias como formas de autopromoção e de comprometimento do educando com a sua busca, que deve ser infindável, como é a do professor em busca do conhecimento.

Mídias e Técnologias a serem utilizadas:

Tv,Cds, DVD, Computadores, Retroprojetor, câmara digital, gravadores, filmadoras, fita vhs.

Atores e papéis que deverão desempenhar: Após uma aula expositiva, na qual a professora fará a abordagem sobre o trabalho ora descrito, acontecerá uma explanação sobre o que são mídias e o que são tecnologias, quais as maneiras de utilização em educação, quem as utiliza e quais as utilizadas no dia a dia, além de uma enquete para sabermos quem utiliza o laboratório de informática da escola e quais as mídias utilizadas pelos professores das sétimas séries, além das mídias utilizadas no dia-a-dia do educando.

Com os esclarecimentos preliminares, partimos então para um pré-projeto, os alunos em grupo definiram os assuntos, não sem antes redirecionar o tema do pré-projeto para a área de artes, perquerindo assim em uma segunda enquete, qual a relevância de se fazer este projeto para a comunidade escolar. Entre as respostas colhidas pelos educandos na comunidade escolar, as de maior relevância são: os alunos realizando este tipo de trabalho, mostram que são cidadãos de verdade e quanto mais debate mais conhecimento se consegue.

Parte-se então para o projeto, com detalhamento de ações e com socialização dos temas escolhidos, pensando sempre em um trabalho para o crescimento de toda a comunidade e não em um projeto fechado, individualizado, pois aí é que estará focado o projeto, uma parceria para o crescimento educacional e de todos os envolvidos.

Neste momento faz-se a leitura do texto atravessando o rio. Justamente com a intenção de se criar um ambiente colaborativo.

Dinâmica da atividade:

Produção de DVD’S e CD’S ROM’S, tendo a autoria como estratégia de aprendizagem, produzindo também materiais que poderão ser utilizados pela escola, com temas educacionais, tecendo assim laços entre a escola e o educando.

Bibliografia:

http://www.tvbrasil.com.br/salto/boletins2005/gde/tetxt1htm.acessado em 14/10/06.

http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque htm.acessado em 13/10/06.

http://www.comunic.ufsc.br/clipping/clip-130404htm.acessado em 13/120/06.

PERRENOUD,Philippe, 10 Novas ompetências para Ensinar. Porto Alegre, Ed.Artemed.

MORAN,josé MANUEL,Técnologia da Comunicação e interação - texto de apoio.

A Travessia do Rio - texto de apoio.

estudo netnográfico - orkut

O que é o orkut:

É uma comunidade virtual, ou seja, é um software que reúne perfis de pessoas. É afiliado ao Google. Criado em 22 de janeiro de 2004, pelo turco Orkut Buyukokkten, ex-aluno da Universidade de Stanford.

Quais os objetivos:

Tem o objetivo de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos.

Quais as formas usuais de utilização:

É utilizado, por comunidades de amigos que se relacionam virtualmente.

Quem utiliza em educação?

Utilizo em educação, como uma ferramenta inovadora, recriando vínculo com os alunos, participando de suas vidas, conhecendo suas famílias e seus amigos, aproximando a escola com a família, contribuindo assim para a valorização dos educandos, que tornando-se nossos aliados, comprometem-se muito mais nas aulas.

Exemplo de utilização com alunos:

Recebo e-mail, com atividades que sugiro em classe, seja de enquetes ou trabalhos com mídias, saliento que só foi impulsionado estes trabalhos, após o encontro em POA

Avaliações de propostas e troca de fotografias de trabalhos apresentados em aula, e até, para ser sincera, a ajuda para realizar esta pesquisa.

Análise

Quais as limitações e potencialidades:

Potencialidades são múltiplas, acredito que só sei engatinhar nesta nova ferramenta, mas conto com o apoio dos meus alunos, que com amor e respeito me guiam nas novas páginas que me foram apresentadas, por eles inclusive, meu sobrinho, ex-aluno é que fez uma página do orkut para mim, hoje já navego sozinha, recebo e envio mensagens e imágens, isso tudo só me ajudou na minha prática pedagógica, sempre tive uma relação muito boa, baseada no respeito e carinho com meus alunos, mas esta ferramenta só me impulsionou e me deu certeza, de que o que eu faço é o correto, aluno e educador, juntos contruindo a escola que se quer e que se acredita.

As limitações ainda não posso fazer uma análise, pois acredito que estão ainda na minha falta de experiência.

Quais as críticas;Propostas inovadoras:

Uma das principais críticas é o mal uso por pessoas que a utilizam para fins ilícitos, as propostas inovadoras é o contato que se tem com outras pessoas, outras realidades, sendo assim possível uma nova releitura do ambiente educacional que temos.

Modernização ou mudança na educação:

Com certeza, a modernização e a mudança na educação já esta acontecendo no ambiente escolar, os alunos já estão incluídos na nova sociedade da informação e da comunicação, cabe a nós agora redimencioná-los, levá-los a entender um pouquinho mais do que acontece hoje, apresentá-los aos novos ambientes, o bom uso da ferramenta, a responsabilidade, por consequente, mostrar-lhes o real papel da escola; formar cidadãos comprometidos com a sociedade. Estamos frente a uma nova proposta educacional, a mudança é realmente isso, o gosto pelas novas tecnologias e mídias na educação, levar ao gosto pela pesquisa, pelo interesse e comprometimento.

A interface do Office 2007

A interface do Office 2007 modificou bastante. Em relação ao ícones diferentes e/ou tamanho dos mesmos percebo o seguinte:

Os ícones estão organizados em ordem obedecendo a uma seqüência para facilitar o trabalho do usuário. Quanto ao tamanho dos ícones, não apresenta uma forma harmônica, apresentando diferentes tamanhos para os mesmos. Apesar disso, existe um equilíbrio, simetria e harmonia no todo da interface.
A interface apresenta textos acompanhando os ícones, usando fonte com caixa alta na primeira letra e depois caixa baixa, como o recomendado quando um software apresenta nova versão para que o usuário utilize-se dos textos até a memorização dos novos ícones;
Como os ícones são acompanhados de texto, não permitem dupla interpretação.
Apresenta novos desenhos (e coloridos) nos ícones, como de imagem, gráfico, clip-art,... Utiliza diferentes tonalidades de azul para o fundo (preenchimento da superfície) sendo agradável de olhar (não cansa a visão). O contraste das cores foi respeitado.
Permite janelas que conduzem a navegação, orientando para novas possibilidades de uso dentro do ícone.
Os ícones estão organizados em grupos conforme sua utilidade, respeitando o numero de elementos.
Enfim, a visibilidade e legibilidade acontecem, apesar de alguns ícones terem diminuído de tamanho em relação às interfaces das versões anteriores.

Comunidades Virtuais

Segundo o texto de Maira Brandão Carvalho, que nos mostra o que são as Comunidades Virtuais, quais as compreensões necessárias para entendermos seus mecanismos de funcionamento e sua real necessidade na atualidade, podemos observar que as estruturas de trabalhos e cooperação se interligam e formam estes espaços tão visitados ultimamente.
Maira faz a citação abaixo:

A tecnologia mudou a maneira como as relações sociais se apresentam, porém para compreendermos é necessário percebermos que as relações sociais entre si, permanecem iguais, continuam definindo padrões de comportamento de liderança, de decisão, de competição...(Aronson, E; Wilson, T.D e Akert, R.M,2002).

Trabalhar em equipe é interagir entre o grupo de forma interdependente, tomando decisões para se chegar a um objetivo comum, nesse caso a virtualidade acrescenta além dos problemas e dificuldades, as facilidades como de comunidades normais.
Respondendo a questão que são comunidades virtuais, Maira cita Rheingold;


São agregações virtuais que emergem da Rede quando um conjunto de pessoas se engajam em discussões públicas por um certo tempo.(Rheingold,2000.)

Uma comunidade é mais que um grupo de pessoas, mas é a vontade que o grupo tem de participar, de se envolver, e toda a carga emocional que resulta da associação voluntária e por interesses comuns que existem na comunidade.

O termo CMC Comunidades Mediadas por Computadores define bem que as comunidades continuam sendo comunidades; que a diferença principal é que toda – ou quase toda – a interação é realizada por meio de computadores em rede, a internet.

Na prática significa que: a infra-estrutura de tecnologia de rede não são os únicos responsáveis pela existência de uma Comunidade Virtual.
A tecnologia precisa funcionar corretamente, para que a interação ocorra. Os participantes precisam conhecer as ferramentas para poderem interagir .
Os participantes precisam também perceber o espaço virtual como o lugar onde compartilharão interesses comuns e onde o sentimento comunitário é expresso para fortalecer as relações sociais.
As restrições impostas pelos ambientes em comunidades virtuais, são muitas; entre elas, o racismo, os hakers, os perfis falsos, as falhas na segurança da rede, os grupos de pessoas com pensamentos neuróticos e doentios.Além de pessoas que burlam a lei e se apropriam de idéias, trabalhos, fotos que não são suas e ainda usam estes meios para denegrir os participantes das comunidades virtuais.

Resenha do cap. 4.1 " A Educação a distância e a formação de professores" de Carmen Neves

RESENHA * DO CAPÍTULO 4.1.” A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES “¹ DE CARMEN NEVES.

Palavras – Chave: Qualidade do curso de EAD, formação de professores através da EAD.




INTRODUÇÃO

A resenha que se segue reporta ao texto de Carmen Neves, que apresenta aspectos sobre a qualidade de um curso de formação de professores a distância, comentando desde a concepção educacional do curso, projeto, tutoria, TICs, recursos educacionais, infra-estrutura, avaliação, ética e capacidade financeira de manutenção do mesmo.

Os subtítulos contribuem para um melhor entendimento sobre o assunto abordado, pois foram referenciados utilizando a LDB n° 9.394/96 ²que valoriza a qualificação dos profissionais da educação e que sita o artigo 87, sobre a realização de programas de capacitação utilizando-se de recursos da EAD.

A qualidade no processo de ensino-aprendizagem e na educação ao longo da vida, favorece a criação de ambiente interdisciplinar com aperfeiçoamento constante, formando cidadãos comprometidos e inseridos na sociedade contemporânea, evitando assim que o educador reproduza técnicas e estratégias utilizadas durante sua formação em um curso pedagogicamente pobre.




Essa reflexão leva-nos a pensar a educação a distância sob uma nova ótica

A EAD faz parte de um processo de democratizar o acesso a níveis crescentes de escolaridade e atualização permanente, além da adoção de novas paradigmas educacionais que envolve a heutagogia.

Os cursos na modalidade EAD destinados a formar e aperfeiçoar professores é um exemplo de democratização da educação. É uma estratégia de construir conhecimento, dominar tecnologias, desenvolver competências e habilidades e discutir padrões éticos que beneficiarão, os alunos desses professores. Ou seja, se o curso a distância for de boa qualidade oferecerá aos coexistas a autonomia para aprender sempre.Isso acontecerá se a educação a distância for de qualidade, sem fragilidade em nenhum dos pontos que é citado pela autora no decorrer do texto.


Concepção educacional do curso

Um curso de formação de professores a distância se enquadra na educação do país, entrelaçando objetivos, conteúdos, currículos, estudos e reflexões.Deve seguir princípios filosóficos e pedagógicos na sua elaboração.

Se o curso é um conjunto de materiais xerocados, sem atividades, aonde o professor é mero repetidor e não aguça o desejo do cursista interferir no seu meio, poderá ser um projeto que não possui qualidade.

Um curso de graduação legal, necessita da autorização através de um Parecer do CNE³, homologado e publicado no Diário Oficial da União. Instituições estrangeiras necessitam de contato com a embaixada do país de origem; se tratando de outro estado, é importante verificar os resultados alcançados pela instituição na avaliação nacional feita pelo MEC.




* Referência: Dalcul, Neusa Teresinha Favero. “Resenha do livro “A PRÁTICA EDUCATIVA” DE ANTONI ZABALA desenvolvida por Sanches Neto, L.; Darido, S. C.; Ferreira, L. A.; Galvão, Z.; Pontes, G. H.; Ramos, G. N. S.; Rangel, I. C. A.; Rodrigues, L. H.; Silva, E. V. M. - Membros do LETPEF. E disponível em http://www.ufscar.br/~defmh/spqmh/pdf/rbce.PDF




² LDB- Lei de Diretrizes e bases

³ CNE - Conselho Nacional de Educação







Desenho do projeto: a identidade da educação a distância





Programas, cursos, disciplinas ou mesmo conteúdos oferecidos a distância não são apenas transposição do presencial. A EAD tem identidade própria.

Não há um modelo a ser seguido na EAD, conforme a natureza do curso e as condições do cotidiano dos alunos é que vão definir a melhor tecnologia, encontro presenciais, existência de pólos descentralizados e outras estratégias.







Sistema de tutoria: cursos a distância têm professores, sim

É engano pensar que programas a distância podem dispensar o trabalho e a mediação do professor, estes vêem suas funções se expandirem. Segundo Authier ( 1998), “ são produtores, quando elaboram suas propostas de cursos; conselheiros, quando acompanham os alunos; parceiros, quando constroem com os especialistas em tecnologias abordagens inovadoras de aprendizagem”.

O nível de exigência dos recursos humanos é elevado num programa a distância, pois além de professores-especialistas, deve-se contar com tutores, avaliadores, especialistas em comunicação e no suporte de informação escolhido.

Definir objetivos, conteúdos, bibliografia, elaboração de material, escolha da mídia, são aspectos relevantes e devem ser de responsabilidade de profissionais altamente qualificados que garanta os resultados educacionais e o custo-efetividade do programa.

Apoio técnico-administrativo para o cuidado com matrículas, expedição de materiais, registro de histórico escolar, apoio com tecnologia e outras questões técnico-administrativas, devem estar envolvidas no projeto, além de ser essencial saber quem são os docentes responsáveis pela elaboração dos materiais, pela tutoria e coordenação do curso.







Sistema de comunicação: a interação é fundamental

O programa educacional tem como foco o aluno, e a garantia da qualidade de um curso de graduação a distância é a interação entre professores e alunos, hoje mais simplificada graças as TICs.




Recursos educacionais

Experiência com curso presencial não assegura a qualidade da educação a distância por ser esta uma modalidade de ensino que atende a uma outra lógica de concepção, de produção, de linguagem, de estudo e de controle do tempo.

Os materiais didáticos devem traduzir os objetivos do curso, cobrir todos os conteúdos, levar a resultados que contemplam o conhecimento, as habilidades, os hábitos e atitudes.







Infra-estrutura de apoio

Além dos recursos humanos e educacionais, é necessário a montagem de infra-estrutura material condizente com o número de alunos para um curso a distância funcionar adequadamente, entre eles os recursos tecnológicos envolvidos e à extensão de território a ser alcançada, o que requer um ônus significativo para a instituição mantenedora .




Sistema de avaliação contínuo e abrangente

A avaliação segue duas vertentes no curso a distância; a do aluno e a do curso como um todo, isto permite ao aluno segurança quanto aos resultados que vai alcançando conforme o desenvolvimento do processo ensino-aprendizado. A avaliação do professor, somado à auto-avaliação do estudante, permite o crescimento do mesmo.

Os cursos a distância, por suas singularidades, devem ser acompanhados e avaliados gradualmente .




Ética na informação, publicidade e marketing

A instituição deve informar previamente todos os documentos necessários para o funcionamento do curso, além dos direitos que o curso confere e os possíveis problemas que venham a ocorrer por omissão do aluno ou do próprio curso. As falsas promessas nas publicidades poderão ser sanadas, usando-se o Código do Consumidor.




Capacidade financeira de manutenção do curso

A solidez da instituição, trará confiança ao aluno na hora de efetuar sua matrícula, pois se tratando de um curso a distância, sabe-se que os investimentos são grandes e requerem ônus maior do que no ensino presencial.







Considerações finais

O que é essencial observar ao se inscrever em um curso a distância?

Preparar um curso a distância requer ousadia e seriedade além de competência profissional.

Investigar a instituição, analisar os cursos presenciais, conhecer os docentes que respondem pelo curso, analisar o projeto da instituição é prioridade em se tratando de um profissional da educação exigente com sua própria formação.

Estudar a distância exige perseverança, autonomia, organização do tempo, habilidade de leitura, escrita e interpretação e domínio de tecnologia.

Do ponto de vista de formação de professores, um curso a distancia de qualidade concretiza as orientações da moderna pedagogia que forma sujeitos ativos, comprometidos, autônomos e sabedores do seu papel na sociedade. Bom para o professor e seus alunos e bom para a melhoria na qualidade da educação.







Referências bibliográficas

AUTHIER, Michel. Lê bel avenir du parent pauvre. Apprendre à distance. Le Monde de L’Éducation, de la Culture et de la Formation – Hors-série-France, Septembre, 1998.








s, entrelaçando objetivos conte do texto.

nenhum dos pontos que çoar professores utura, avaliaç

Experiências de leitura de uma obra em meios e materiais diferentes

Nas minhas aulas de arte, em especial de história da arte universal, utilizo nas minhas aulas, os meios digitais, pois desta forma, meus alunos conseguem ter acesso a diferentes linguagens, em especial com o uso de gravuras, que nos livros impressos muitas vezes não temos.
Através de aulas em powerpoint, que foram construídas na ocasião do módulo introdutório da pós em mídias na educação, pude sentir que conseguia uma interação maior por parte dos alunos, pois as aulas se tornaram mais atrativas e conseguimos agregar muito mais conhecimento através desta nova ferramenta que me foi apresentada na oportunidade do módulo introdutório do referido curso de pós..
Muitas vezes, conseguimos fazer re-leituras de obras de arte por meio digital, quer em sites que indiquei ou nos que eles pesquisaram. O mais importante neste processo, foi poder ver o interesse que tinham em buscar novos conhecimentos e desta forma serem responsáveis pelo seu crescimento intelectual.
As vezes, consigo levar meus alunos ao Museu Municipal e através de exposições itinerantes, vamos fazendo a re-leitura de obras de artes de diferentes artistas que nos são apresentados nestes momentos. Como um recurso didático, utilizo a internet para pesquisarmos mais sobre os artistas, o contexto em que as obras foram criadas e a escola artística que ela provém. Não é uma atividade corriqueira, e isso faz com que os alunos se sintam motivados e saem a procura de mais informações que venha a somar com as adquiridas nas exposições. Aproveito estas atividades para o nosso Ensino a distância, já que trabalho com EJA e 20% da carga horária é através do estudo não presencial, assim, o aluno trabalha dentro da Eutagogia, se faz o agente do seu processo de conhecimento e tem no prévio, toda a parte teórica que necessita, por que o restante, ele mesmo constrói.

Pensamento crítico x alunos

Pensamento crítico x alunos

O educador, na sua responsabilidade de conduzir o processo pedagógico, deverá propiciar aos educandos um ambiente no qual ele seja sujeito do processo, interagindo com os demais na construção do conhecimento. Quanto as atividades, ou modos de interação, cabe ao professor , promover a fundamentação e teorização, acerca da temática e ao mesmo tempo disponibilizar atividades práticas para que sejam capazes de desenvolver as habilidades e o pensamento crítico, referente as diferentes temáticas.
No intuito de promover a transversalidade na sala de aula, o professor pode se utilizar de qualquer tema, para que o aluno possa pesquisar, refletir e socializar com o grupo, sempre mediado pelo professor, na concretização e construção de diferentes materiais, aliando a teoria e prática.
O trabalho pedagógico que leva a um pensamento crítico, engloba todo o conjunto sistematizado de trabalho investigativo que pode levar a uma nova teia do saber, aonde conseguimos colocar novos e velhos saberes em uma mesma balança e construírmos novos saberes.Quando focamos a aprendizagem,todo o tabalho interdisciplinar é ponto de saída para construirmos estes conhecimentos.
É através do projeto interdisciplinar que conseguimos novos olhares, que saímos dos conceitos pré-estabelecidos, que quebramos paradígmas e que conseguimos o "ensait" para a elaboração de novos conceitos, independente de componentes currículares ou de áreas de estudo.
Precisamos estar conectados, essa é a melhor forma de aproveitarmos o momento para fazer com que nosso aluno aprenda. E a tecnologia nos dá essa oportunidade, que daqui a algum tempo já estará esgotada se não a utilizarmos de forma criativa, através de projetos bem elaborados, participativos que proporcionem a inclusão do aluno às mídias hoje disponíveis.
Precisamos buscar os fatos do passado ,que não podem ser negados,e inseri-los no contexto atual da inclusão digital e novas mídias que nos são apresentadas.

TIC's na escola

Aqui na escola, trabalhamos à noite com a Educação de Jovens e Adultos e percebemos nossos alunos como agentes de mudanças e disponibilizamos espaço para a troca de idéias e reflexão sobre nossas experiências; Estamos sempre trabalhando focados no desenvolvimento da tomada de decisões, respeito as diferenças e construção da autonomia. Muitos de nossos alunos, são jovens de 18 a 20 anos que necessitam aprender a ter limites e tolerar frustrações.



Apesar dos esforços feitos pela sociedade contemporânea, e mesmo agora que as TICs parecem ser vistas com novos olhos, ainda estamos longe de ver a democratização da informação pelo menos este é o meu entendimento, pois sabemos que hoje informação é poder e democratização ainda não é uma visão sistêmica para todos, e que isso é uma questão de educação, e que para tal, devemos trabalhar muito enquanto professores; Estamos também longe de chegarmos a um entendimento sobre o assunto, exemplo é estarmos participando deste curso, a princípio como multiplicadores, mas sabemos que na escola, pouco ou nenhum tempo dispomos para isso, bem como, não é de interesse de todos os profissionais da educação estarem se atualizando e empenhando-se em realizar novos projetos, pois para isso, precisariam ver a educação como um todo, e não pensarmos que se trata de mais uma tarefa para sobrecarregar o cotidiano do professor.



Quando as TICs fizerem parte do PPP da escola, compartilhada no espaço escolar e de responsabilidades de todos, poderemos estar sinalizando novos olhares frente a educação que se quer, por enquanto, vamos como digo sempre" conquistando espaço", com jeitinho, devagar...e aos poucos nos apropriando destas linguagens e assim AUTENTICANDO o nosso trabalho.

Gestão e uso integrado de Mídias na Educação

Em um projeto com a UPF e Prefeitura Municipal,participei de um curso de Informática, alguns dos projetos finais foram escolhidos para compor o livro Tecendo caminhos em informática: formando professores autores/Ana Carolina Bertoletti De Marchi, Marco Antônio Sandini Trentin(org.).- Passo Fundo:Ed. Universidade de Paqsso Fundo,2008. Tecnologia educacional.
Tivemos a honra de participar com o artigo :
Um outro universo através da informática na educação: a informática como caminho possível à construção de saberes autônomos e descobertas de possibilidades
Jocieli de Souza Rodrigues Benvinda, Lorete Focchi, Nara Regina Lemos, Neusa Teresinha Fávero Dalcul e Rosane Vieira Fernandes.